Pontes e Viadutos - Fundações.

Os viadutos, assim entendidas as obras-de-arte em região urbana que nào transpõem rios ou outras massas de água, nào apresentam problemas de fundação que diferem de outras obras em terra, a menos talvez dos esforços que chegam às fundações. Já as pontes, que têm pelo menos parte de sua extensão cruzando massas d'água, apresentam problemas especiais de execução de suas fundações. Passar-se-á a discutir apenas as fundações de pontes.

Um dos primeiros aspectos a considerar na escolha de uma fundação de uma ponte é a erosão. O projetista deve buscar informações sobre o regime do rio, como níveis d'água máximos e mínimos. velocidades máximas de escoamento etc., além da história de comportamento de fundações de outras pontes nas proximidades. Também aqui o engenheiro deve consultar um geólogo de engenharia. Este aspecto freqüentemente impõe uma fundação profunda, uma vez que uma solução em fundação superficial é afastada pelo risco de solapamento de sua base.

Fig. 6.17 - Problemas com fundações em estacas próximas dos aterros de acesso de pontes 



Outro aspecto a considerar é o tipo de acesso à ponte, como mostrado na Figura 6.17. No primeiro tipo a ponte tem extremos em balanço e o aterro de acesso tem saia ou talude. Outro tipo é o que adota encontros, nos quais se apoiam as extremidades da ponte. Na ocorrência de argila mole na região dcs acessos, as fundações serão naturalmente em estacas, e estas cstacas estarão sujeitas ao chamado efeito Tchebotarioff que será mais severo no caso de encontros.

Outro aspecto importante é a questão do método executivo, que poderá restringir as opções de
fundação. O método executivo está intimamente ligado à disponibilidade de equipamentos. Assim, dada a locaçãc dos pilares da ponte, passa-se a estudar, juntamente com a capacidade dos elementos de fundação dc transmitir os esforços da estrutura, a maneira de executar tais elementos de fundação. A Figura 6.18 mostra algumas destas maneiras. Quando os pilares estão próximos das margens é possível se utilizar bate-estacas convencionais sobre plataformas provisórias dc madeira (Figura 6.18a) ou bate-estacas (dc queda livre ou automáticos) que atuam suspensos por lanças de guindastes (Figura 6.18b). Já pilares distantes das margens podem ter suas fundações executadas a partir dc flutuantes (Figura 6.18c) ou pla-
taformas auto-clevatórias (Figura 6.18d). As plataformas provisórias, os flutuantes e as plataformas
auto-elevatórias podem servir também para a execução de tubulõcs. Aliás os tubulões a ar comprimido continuam a ser uma das soluções mais adotadas na fundação de pontes no Brasil. Isto se explica em parte pelo baixo custo dos equipamentos utilizados nesta solução.

Fig. 6.1 8 - Soluções para execução de fundações de pontes

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