a - Métodos Teóricos
Consistem na aplicação de uma fórmula de capacidade de carga para estimativa da tensào de ruptura do solo de apoio, a,, à qual se aplicaria um coeficiente de segurança. F, para obtenção da tensào admissível:
F seria variável de acordo com o problema, mas em geral nào inferior a 3.
A seguir, com base na tensão σa estimada, se procederia a uma análise de recalques para saber se esse critério estaria satisfeito ou nào. Caso negativo, o processo seria reiniciado para outros valores de σa .
Além da imprecisão inerente às fórmulas de capacidade de carga, a aplicação dessa metodologia esbarra em dificuldades de ordem prática na avaliação da resistência ao cisalhamento dos solas envolvidos, bastando citar como exemplos os casos de sapatas apoiadas em areias ou solos residuais submersos ou não.
b - Métodos Semi-Empiricos
Seriam aqueles em que as propriedades dos solos seriam estimadas com base em correlações, para em seguida serem aplicadas fórmulas teóricas, adaptadas ou não.
A estimativa dc parâmetros (resistência e compressibilidade) seria feita com base na resistência à penetração medida em sondagem, N (SPT), ou na resistência de ponta do ensaio de penetração estática de cone, qc.
No caso de fundações diretas, torna-se preferível estimar σa diretamente de N ou de qc, sem necessidade cie intercalarse uma correlação entre esses índices e as propriedades dos solos. É fácil verificar-se que o engenheiro, especialista ou não, entende melhor o significado de uma argila de N = 15, do que uma argila de resistência nào drenada cu = 0,15 MPa, estimada admitindose cu = 0,01 N (MPa).
c - Prova de Carga Sobre Placa
A prova de carga sobre placa se constitui na realidade cm ensaio em modelo reduzido de uma sapata. Ela nasceu antes das conccituaçõcs da
Mecânica dos Solos, aplicada empiricamente na tentativa de obtenção de informações sobre o com-
portamento tensào-deformaçào dc um determinado solo de fundação.
É oportuno que se saliente desde já que , por sua pequena dimensão, apenas o solo situado imediatamente abaixo da placa é solicitado durante uma prova de carga. No caso ilustrado na Figura 7.16, por exemplo, uma prova dc carga superficial nos daria informações sobre a camada de areia de apoio das sapatas, nada dizendo sobre o comportamento do edifício que aplicará tensões que alcançarão a camada compressivel profunda.
Fig. 7.16 - Fundação direta com camada compressivel profunda
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